segunda-feira, 30 de abril de 2012

"Marina (Carlos Ruis zafón)


"A Barcelona da minha juventude não existe mais. Suas ruas e sua luz se foram para sempre e vivem apenas nas lembranças. Quinze anos depois, voltei à cidade e pecorri os cenários que cheguei a acreditar que tinham sido varridos da minha memória.

Marina, você levou todas as respostas consigo.

Epílogo."


Os motivos que me levaram a querer comprar e ler esse livro não foram a sinopse, nem a capa bonita, bem... também. Mas o maior motivo de todos foi ele ter sido escrito pelo Carlos Ruiz Zafón, que há um tempo atras me encantou com A Sombra do vento. E não me arrependi nem um pouco, "Marina" já faz parte mim!


O que me encanta no Carlos Ruiz é a maneira de brincar com os sentimentos. Misturando suspense, drama  e terror numa trama tão bem produzida e que mistura a realidade com a ficção de tal forma que me atrevo a dizer que chega perto da perfeição.


O autor brinca com a morte de varias formas, ele nos apresenta seu lado mais sinistro… o medo de morrer, o apego ao corpo e a tentativa  de conservar o sopro da vida, mesmo que de forma inacreditável. Mas ele também nos mostra o outro lado da morte, aquele em que o inevitável é aceito . Não de bom grado; Mas como algo que deve ser enfrentado com coragem.


"Marina" está naquela categoria de livros que uma vez se iniciado a leitura será muito dificil de desistir dele até que todos os mistérios e segredos sejam desvendados. Segredos esses que se tornam aterrorizantes e até dificeis de serem aceitos. Foi impossível largá-lo antes de desvendar todos os mistérios e segredos que envolvem os protagonistas. Uma história mística que surpreende por sua aura fria e sombria e, ao mesmo tempo, repleta de sentimentos ternos.


Marina me disse um dia que a gente só se lembra do que nunca aconteceu...Todos temos um segredo trancado a sete chaves no sótão da alma. Este é o meu."

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