Nostalgia

Balão Mágico. Esse é o nome do circo que eu fui. Depois de tantos anos, foi até estranho me ver sentada em frente ao picadeiro, e toda aquela 'Magia' de circo, me fez pensar em algumas coisas;

Primeiro que eu não consigo mais rir com palhaços, e sabe ver toda aquela criançada alí, se acabando de rir me fez sentir até inveja. Inveja de não ser mais um 'pobre' criança, inocente e risonha.

E a segunda coisa foi que, se pararmos pra pensar: Quando eu era pequenina e chegava um circo na minha cidade, caramba, era uma coisa muito rica. E, hoje a maioria das crianças nunca nem foram a um circo.

Nas ultimas semanas eu tenho dado boas risadas, relembrando de um passado não tão distante, mas que não volta mais, nunca mais, por isso que chamamos de nostalgia. Um sentimento que não passa mesmo você encontrando aquelas pessoas que foram as protagonistas dele. Isso só faz aumenta-lo.

Aquela sensação ruim de que você já foi muito mais feliz. Sentir aquele aperto inefável no peito que nos traz um choro honesto que só nós mesmos entendemos e nos faz repetirmos:
Aconteceu comigo (poderia ter sido com qualquer outra pessoa), mas foi comigo. Que SAUDADE!

Um tempo onde as risadas eram mais gostosas, mais sinceras, mais bobas. Bastava um olhar, e, pronto, começava as risadas mudas, daquelas que tiram o ar, que fazem você cair no chão, chorar de dor.

Aquele tempo onde os sonhos pareciam tão presentes, e hoje em dia se tornaram desilusões. E cá estamos nós. Vivendo o que não sonhamos, esperando, esperando...

Aquele tempo em que tudo marcava a minha vida. Quando vejo retratos, quando ouço uma voz...

Às vezes me pergunto o que faria se tivesse a oportunidade de voltar no tempo. Sei que sou humilde o bastante pra afirmar que me arrependo, sim, de muitas coisas que fiz. E com certeza tentaria muda-las. Mas só o prazer que séria, ver aqueles sorrisinhos de novo, aquelas falas desnecessárias nas horas apropriadas, o tempo perdido, ou nem tanto perdido assim...
É, séria bom! (se alguém criar uma máquina do tempo me avisa beleza?) ·.

Sinto falta das coisas que perdi.
Do lugar onde eu nasci,
do colégio em que estudei,
amigos vão sem se despedir.
(Celso H.).