Não sou boa com títulos

O mundo todo correndo, passando como um borrão e você sentado em uma calçada qualquer observando...
Às horas voam, os dias, semanas, estações. Sua vida confiada a meras promessas. Os dedos melados, como quem traz apenas verdades nos bolsos, assim como balas! Quer sentir algo, dor, que seja; joelhos ralados! Quer se sentir viva... Chuva, vento no rosto. Quer se sentir exclusiva, indispensável. Mas não é assim, é? Nada é indispensável... Ninguém!

E é como se o tempo fosse seu pior inimigo. Morra tempo! Tempo, tempo, tempo... E eu queria tanto poder voltar no tempo... Recomeçar, refazer, acertar, enfim. (Quem criar uma máquina do tempo me avisa, tranqüilo?) 

Talvez só eu entenda esse meu monólogo. 4:46 da madrugada e eu aqui, afundada em pensamentos. E o que mais a gente pode esperar da vida? Que um apocalipse zumbi comece ou que uma Brasília amarela de portas abertas pra mode a gente se amar me atropele!

Todas as mudanças são bruscas como se fosse um protesto do seu corpo, apenas resistindo à inércia.  E é quando você precisa chorar e as lagrimas secaram; gritar e não tem voz. Quando precisa, correr, fugir de você mesmo, mas, seus pés estão amarrados e você está prostrada, imóvel, diante dos seus próprios erros que estão enfiando goela abaixo tudo aquilo que você plantou.

Uma esperança pela metade, alguns sonhos vendidos e um futuro, a cada dia que passa mais distante. Melancólica, eu? Só não sei discernir realidade de ficção. Talvez esse seja o meu defeito. Imaginar de mais, sonhar de mais, desejar, querer... Pensar... Pensar de mais... Isso me faz tão mal! 

♫.."O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência"...♫
(Lenine)